quinta-feira, dezembro 25, 2014

MENSAGEM DE NATAL 2014

Amados (as) irmãos e irmãs,

         Nasceu para nós Jesus Cristo, o nosso Salvador, com Ele a alegria, a esperança, o sumo bem e a paz em nossos corações. Jesus veio nascer mais uma vez em nosso meio, que o seu gesto divino aqueça a nossa fé e fortaleça a nossa caminhada.
        Que Jesus possa nascer todos os dias em nossas vidas a cada sim que dermos. Sim à família, aos verdadeiros amigos, à caridade, ao amor, à humildade, ao respeito, à simplicidade, à missão, ao serviço, à vida. Enfim, que possamos como Maria dizer: “Meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1, 47). Expressemos a nossa alegria e que ela contagie a todos, pois foi para todos que Jesus Cristo nasceu.
         Ecoemos essa alegria por onde passarmos, porque esta é a nossa missão: Evangelizar. Irmãos e irmãs que possamos abrir os nossos corações para acolhermos a Boa Nova, que é o próprio Jesus, e coloquemo-nos em estado de reflexão, pois até aqui “pouco ou nada fizemos”.
         O verdadeiro amor foi derramado e se doou por nós, abra a sua casa interior e acolha com todo amor Jesus Cristo, nosso Senhor. Deixe-o preencher a tua vida de tudo o que você sente falta e necessita. Feliz Natal!
           São Francisco de Assis e Santa Clara roguem por todos nós... Amém.
           
           Paz e bem,
           Secretariado da Fraternidade Espírito Santo.  


Fonte da imagem: https://cindiangelo.wordpress.com/2012/12/14/porque-eu-amo-e-celebro-o-natal/

segunda-feira, agosto 11, 2014

Clara e Francisco: um encontro que acende!


     Francisco já havia feito um caminho de seis anos após a sua conversão quando transformou em realidade a vertente feminina do franciscanismo: A Ordem das “Pobres Damas”. Clara chegou para confirmar a sua conversão. Uma mulher sempre fecunda a idéia de um homem e faz tornar-se concreto aquilo que num homem é apenas sonho. Clara fez do sonho de Francisco caminho e comunidade, igualando-o na via da perfeição.

     Temos que resgatar as palavras de Omer Englebert, em sua Vida de São Francisco de Assis: “Clara possuía grande bom senso, um coração afetuoso e fiel, uma doce e prudente obstinação, uma coragem que não recuava diante de nada. Tinha o dom de fazer-se amar e era tão persuasiva que Francisco, os cardeais e os papas acabavam cedendo ao seu parecer (…). Clara é seguramente uma das figuras femininas mais nobres e encantadoras de que a história tem notícia.”

     Francisco deixou Clara conduzir sua experiência a seu modo. Não foi muito a São Damião respeitando sempre a originalidade e a sacralidade íntima daquele lugar. Continuemos com Omer Englebert:

      “Se, por vários anos, São Francisco deixou de percorrer com a mesma assiduidade de antes o caminho que leva da Porciúncula a São Damião, foi sobretudo para instrução dos seus: “Não penseis, dizia aos que o censuravam, que meu amor por irmã Clara e suas companheiras tenha diminuído, mas é que devo servir-vos de exemplo. O ministério das irmãs somente devem exercê-lo aqueles que tenham demonstrado, através de longa experiência, possuir o espírito de Deus”. E para que entendessem seu pensamento, lhes contou a seguinte parábola:

      Um rei enviou dois embaixadores à rainha. Quando regressaram e prestaram contas de sua missão, o príncipe lhes perguntou que impressão tiveram da rainha.
- Senhor, respondeu o primeiro, tendes deveras uma mulher formosíssima. Feliz daquele que possa ter uma semelhante!
- E tu, que pensas da rainha? Perguntou ao segundo.
- Impressionou-me, respondeu, a atenção com que escutava as instruções que lhe transmiti de sua parte.
- E não a achaste bela?
- Senhor, é a vós que cabe julgar a respeito disso; a mim não cabia outra coisa senão transmitir-lhe vossa mensagem. O rei emitiu então esta sentença:
- Teus olhos são castos, disse ao que acabava de falar, e quero recompensar-te: daqui para adiante permanecerás comigo. Quanto a ti, disse ao indiscreto que havia pousado seus olhares impúdicos sobre a rainha, sai daqui e não voltes jamais a macular o meu palácio com a tua presença.


      “Se já os reis da terra têm tais exigências, acrescentou Francisco, que pureza de olhar não tem direito de exigir Cristo daqueles que ele envia junto às suas esposas!”

        Parece, ademais, que o Santo não mortificou suas filhas além da justa medida. Os Fioretti relatam que um dia consentiu em convidar Clara para um jantar em Santa Maria dos Anjos. Tratava-se de um favor que a abadessa de São Damião há tempo procurava em vão obter. Confiou sua causa aos amigos mais caros de Francisco, que também eram seus, os quais foram dizer ao Santo:

- É excessivo e contrário à caridade divina o rigor com que recusas atender ao desejo de Clara, virgem tão piedosa e cara ao Senhor. Não esqueças que, afinal, ela é tua plantinha espiritual e que foram tuas exortações que a tiraram das ilusões do século.
- Então, pensais que devo jantar com ela?
- Seguramente! E ainda que te pedisse muito mais, tu devias lho conceder.
- Pois bem, se este é vosso parecer, concordo convosco. E para que seja maior o contentamento de nossa irmã Clara, tomaremos a refeição aqui na Porciúncula. Pois há muito tempo que ela vive reclusa em São Damião e nada poderá agradar-lhe mais do que rever o lugar de seus esponsais com o Senhor.

        No dia combinado, Clara chegou acompanhada de outra irmã. Com humildade e devoção venerou primeiro a imagem de Nossa Senhora dos Anjos que dominava o altar onde outrora ela havia recebido o véu e cortado seus cabelos; em seguida, enquanto chegava a hora da refeição, visitou o eremitério até os últimos recônditos. Francisco, que, segundo seu costume, fizera servir a mesa sobre o chão, sentou ao lado dela; os demais tomaram seus respectivos lugares e todos se dispuseram a comer. Mal, porém, haviam tomado os primeiros bocados, Francisco se pôs a falar de Deus e todos foram arrebatados em êxtase.

        Logo, uma multidão acorreu ao convento. Eram habitantes de Assis, de Bettona e arredores que, vendo chamas sobre o bosque, acreditavam ter irrompido um grande incêndio em Santa Maria dos Anjos, e vinham para apagá-lo. Mas puderam constatar que não havia dano algum. Quando, ao entrar na sala do banquete, encontraram Francisco e os demais comensais com as mãos juntas e os olhos fixos no céu, compreenderam que as chamas que pensaram ver eram as do amor divino em que ardiam aqueles santos personagens; e retiraram-se edificados e confortados.

       Acrescentam os Fioretti que foi tal a abundância de consolações espirituais, que São Francisco, Santa Clara e os demais irmãos mal tocaram nos alimentos, e vários deles não provaram sequer bocado”.

        Não são apenas as necessidades provenientes da fome do alimento material que reúne pessoas à mesa. As pessoas que se amam muito precisam celebrar o encontro onde o único alimento é a sintonia, a vibração interior, o espírito comum, a vivência do mesmo projeto de vida e a mesma busca do Amado.

       A Fraternidade alimenta-se da presença; no coração do outro e da outra vive a sua transcendente experiência:

       “Nunca existiu união mais íntima e harmoniosa do que entre Santa Clara e São Francisco; nunca duas almas estiveram tão de acordo na sua maneira de apreciar as coisas da terra e do céu. Por vezes se pergunta qual dos dois copia o outro; tanto se parecem os seus traços e seus reflexos que tal semelhança parece resultar de uma espécie de consangüidade espiritual. O ideal do Pobrezinho se conservou sempre puro naquele coração filial que guardava inalterável o depósito de suas mais belas inspirações e, qual límpido espelho, refletia sua mais fiel imagem. Por isso, nas horas de desalento e de trevas, veremos Francisco regressar aos humildes muros de São Damião, berço de sua vocação, para buscar junto à sua filha espiritual o consolo e a confiança de que necessita”.

        Francisco e Clara ensinam para nós que o humano se define em relações. Encontrar-se é dividir e transmitir o fervor existencial que contagia o coração. O encontro puro e límpido de Clara e Francisco está dentro de uma forte vivência, por isso é um dom gracioso. O forte Amor pelo mesmo Amado aprofunda o encontro e coloca os dois nos acontecimentos do cotidiano com maior profundidade. Isso é que ilumina o silêncio, a fala, a mesa, o fato. A chama do Amor se debruça sobre a cena para comemorar a experiência do encontro; não é só um encontro que ilumina, mas que acende!

Por Frei Vitório Mazzuco Filho

Fonte: http://franciscanos.org.br/?p=5242

As mãos de Clara

Santa Clara de Assis

Leituras próprias franciscanas: 

Oséias 2, 16-17b,21-22;  2Coríntios 4,6-10.16-18;  João 15,4-10

 (Inspirado em  Les mains de Claire, de  Irmã Marie-France Becker, Clarissa)

Clara, irmã Clara,

    Menina ainda, estendias as mãos para os pobres. Imitavas a solicitude de Deus que  gostavas de chamar de “Pai das misericórdias”.  Tuas mãos abertas recolhiam as graças de Deus para depois derramá-las sobre as pessoas mais sofredoras da terra. De tuas mãos sempre correu o bálsamo que reconforta, cura e consola.
     Com tuas mãos, em toda simplicidade, realizavas tarefas simples e humildes. Tuas mãos limpavam as cadeiras das irmãs doentes. Preparavam o recipiente que era entregue aos frades esmoleres que iam  buscar óleo na cidade.  Tuas mãos lavavam os pés  das irmãs que serviram fora do mosteiro.  Esperando a volta delas perfumavas a água com plantas odoríferas.  Tuas mãos aliviavam o cansaço das irmãs que chegavam exaustas.
      Durante a noite, tuas mãos cobriam as irmãs  que corriam o risco de se resfriarem.  Com suavidade e delicadeza elas tocavam  o corpo das irmãs para que se levantassem para participar do ofício.
     Vejo-a nos dias de tua vida trabalhando com as mãos em finos tecidos, fazendo toalhas para as igrejinhas abandonadas.  Vejo-as preparando sanguíneos e corporais  para que  Santíssimo Sacramento fosse honrado da melhor maneira possível.
      Tuas mãos  traçam a cruz na fronte de Irmã Amada que estava doente. Com tuas mãos tomas o cibório com  o Corpo do Senhor e afugentas os sarracenos que querem invadir a casa.  Vejo tuas mãos escrevendo textos e cartas, texto da Regra e cartas para Inês de Praga.  Tuas mãos se abrem para receber a Regra aprovada pela Igreja.
         Benditas as tuas mãos, Irmã  Clara.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

Fonte: http://franciscanos.org.br/?p=65223

domingo, junho 22, 2014

I Arraiá da Jufra

       


                                                        Pense num arraiá nada de bom!!!
           
A nossa fraternidade promoveu o I Arraiá da Jufra neste último sábado dia 21 de junho. Tivemos a participação de alguns jovens da Juventude Missionária – JM, grupo de jovem da Capela de São Sebastião, no Promorar; e jovens da comunidade de São Pedro. Povo arretado e muito animado...
Houve competição entre os grupos dos “cumpadres” e das “cumadres” com muitas brincadeiras, entre elas: trava-línguas, mímica com filmes, dança da laranja, qual é a música com músicas de forró. E, claro, alegria e bastante diversão. Venceu os “cumpadre”...
Também houve quadrilha junina improvisada com forró tradicional de qualidade e partilha com comidas típicas.

E viva a São Pedro!!!  
















quinta-feira, junho 19, 2014

A história de Corpus Christi


A festa de Corpus Christi nasceu de um milagre acontecido na cidade de Bolsena, na Itália. Um sacerdote chamado Pedro de Praga tinha dúvidas a respeito da presença real de Jesus na Eucaristia. Nessa época, a Igreja era assolada pelas heresias dos chamados cátaros, que significava "purificados". Esse movimento teve início no século XI.

Para os cátaros, o mundo era uma criação de Lúcifer, irremediavelmente perdido. Portanto, "os purificados" deveriam viver fora do mundo, numa vida de castidade perfeita. O movimento atingia as raízes do Cristianismo, pois, ao declarar o mundo visível intrinsecamente mau, a encarnação de Jesus e Sua redenção, a Igreja e seus sacramentos eram rejeitados. Negava-se o matrimônio, a hierarquia eclesiástica e toda a disciplina da Igreja. Eles receberam também o nome de albigenses, por ter sido a cidade de Albi, no sul da França, uma das suas fortalezas principais. 

A Igreja estava sendo violentamente atingida pelas heresias que surgiram desses grupos. Os cátaros faziam parte da Igreja, mas se separaram dela e formaram uma seita. Eles também combatiam a presença real de Jesus na Eucaristia. Afirmavam que ela era apenas um símbolo, como ainda hoje muitos dos nossos irmãos evangélicos acreditam. 

Vivia-se um tempo muito difícil, e Jesus usou da pobreza de fé desse sacerdote para provar o contrário daquilo que afirmavam aqueles hereges. Podemos nos perguntar: "Como é que um padre, que celebra Missa, tem dúvidas sobre a Eucaristia?". Vamos imaginar a confusão que se criou na cabeça das pessoas e também na dele. 

O sacerdote, em peregrinação, dirigiu-se à cidade de Roma, porque queria conhecer a verdade. Passando pela cidade de Bolsena, resolveu hospedar-se ali. Na manhã seguinte, antes de seguir viagem, fez questão de celebrar a Eucaristia, apesar das suas dúvidas. Na noite anterior, antes de se deitar, pediu ardentemente ao Senhor que acabasse com aquelas dúvidas, pois desejava crer, somente crer. 

Enquanto o padre Pedro de Praga celebrava a Missa, na hora da consagração, no momento em que ele levantou a hóstia, ela começou a sangrar. O sangue pingava no corporal – uma pequena peça de linho branco que se coloca sobre a toalha do altar, na qual repousam o cálice, a patena e as âmbulas durante a Missa. A quantidade de sangue foi tão grande que transpassou o corporal, as toalhas e atingiu o altar, que era de mármore, deixando ali as marcas. 

Para contornar a situação, no desespero, o padre andou com a hóstia sangrando na mão, pois não sabia onde poderia colocá-la. Assim, algumas gotas de sangue caíram no chão. Ainda hoje, na igreja da cidade de Bolsena, existem as marcas de sangue no chão de mármore. 

Aquela Celebração Eucarística ficou inacabada, pois o padre não fez a consagração do vinho e não prosseguiu a cerimônia, de tão atrapalhado que ficou. Esse milagre foi uma grande resposta àquele sacerdote. Foi o próprio Jesus lhe dizendo que Ele está, realmente, presente na hóstia consagrada, com Seu Corpo e Sangue, pois as gotas intensas do Seu Sangue saíram daquela hóstia. 

Providencialmente, o Papa Urbano IV estava na cidade de Orvietto, não muito distante de Bolsena. Informado do acontecido, pediu a um bispo que fosse até lá verificar o acontecido e lhe trouxesse notícias. O Papa agiu de forma cautelosa, pois estavam acontecendo muitas heresias naquele tempo.

Outro fato pouco conhecido é o de uma monja agostiniana, Juliana de Cornillon, que recebeu diversas revelações de Jesus, pedindo-lhe que levasse os apelos à Igreja, na pessoa do Papa. Um dos apelos era que, após o domingo de Pentecostes, em uma quinta-feira, fosse celebrada a festa da Eucaristia, a festa de Corpus Christi. 

O Papa recebeu o anúncio daquelas revelações e as levou muito a sério; porém, guardou-as no coração. Se ele simplesmente instituísse a festa do Corpo de Cristo, como Jesus lhe havia pedido, estaria praticamente aprovando aquelas revelações e indo contra toda a heresia dos cátaros. Seria a resposta da Igreja, afirmando a presença de Jesus na Eucaristia, com Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Com prudência e sabedoria, pediu ao Senhor que lhe mostrasse a verdade. 

O bispo enviado fora a Bolsena, e já estava voltando de lá quando o Papa não resistiu e foi ao seu encontro. Saiu de Orvietto e, na metade do caminho, numa ponte chamada 'ponte do sol', os dois se encontraram. O Pontífice desceu da sua carruagem e foi em direção ao bispo, que trazia devotamente, nas mãos, o corporal ensanguentado. Quando o bispo abriu o corporal, o Santo Padre caiu de joelhos no chão, proclamando: "Corpus Christi!, O Corpo de Cristo!".

Como o Papa havia pedido, a resposta veio do Céu. Portanto, a festa de Corpus Christi não é simplesmente uma festa que a Igreja institui para celebrar a Eucaristia, mas uma resposta do Céu diante das heresias que atingiam a Igreja. A dúvida daquele padre foi respondida, mas também foi uma resposta às orações do Papa. Uma resposta do Céu para toda a Igreja. 

Quando o Papa Urbano IV disse Corpus Christi, ele fazia a sua profissão de fé diante daquele milagre eucarístico. Era como se dissesse: "Este é o Corpo de Cristo presente na hóstia consagrada; e, aqui, está a prova. Creio na presença real de Jesus na Eucaristia, creio que, aqui, está o Corpo de Cristo".

O Santo Padre voltou para casa. Ele levou aquele corporal e o colocou numa igreja em Orvietto. A partir daquele dia, conforme as revelações, instituiu-se que, na quinta-feira, após o segundo domingo de Pentecostes, seria comemorada a festa de Corpus Christi. 

Toda essa história começou a partir da dúvida de um sacerdote sobre a presença real de Jesus na Eucaristia. Ele havia sido atingido pela heresia dos cátaros, mas buscava a verdade. Bolsena e Orvietto guardam, ainda hoje, esses preciosos sinais. 



Artigo extraído do livro "Eucaristia, nosso tesouro" de monsenhor Jonas Abib. 

Fonte do texto: http://www.cancaonova.com/portal/canais/pejonas/informativos.php?id=2726
fonte da imagem: http://www.sementesdoespirito.com.br/tag/corpus-christi

quinta-feira, junho 12, 2014

Juventude e Namoro

Ambiente: Proporcionar um ambiente alegre com balões, fotografias, flores, imagem da Sagrada Família etc.
Acolhida: Com cantos alegres, abraço fraterno de boas vindas e se possível lembrancinhas com uma mensagem que caracterize o tema
Oração inicial: Invocação ao Espírito Santo – Contemplação da Oração de São Francisco (enfatizar o doar-se ao outro)
Iluminação Bíblica: I Coríntios 13
Questionamentos para a Reflexão:
Você acredita no amor?
É possível amar alguém de verdade?
De que forma você ama?
Aprofundando o tema

            “Todo jovem busca um ideal, e mais plenamente conquistar seus sonhos”. Esta parte da letra da música revela o desejo de muitos em constituir família; ter uma boa estabilidade financeira; ocupar seu espaço na sociedade. Acompanhado desse desejo há o despertar para o “medo” de se fazer a escolha certa, onde o arriscar muitas vezes ocupa o lugar da oração e em consequência desequilibra os nossos planos.
           
            1Atualmente tem sido muito comum encontrar jovens feridos, insatisfeitos e até decepcionados com o namoro. Que razão pode haver para tanto descontentamento? Será que o amor verdadeiro é uma ilusão? 
Na verdade, de uma forma sorrateira, a mentalidade hedonista – da busca do prazer pelo simples prazer – do mundo de hoje tem privado a muitos de conhecer e experimentar a beleza do autêntico amor humano, dom de Deus. Tem feito especialmente nossos jovens chamarem de amor o que não passa de uma frágil atração física. Tem nos ensinado que homem e mulher precisam constantemente medir forças, que temos de tirar algum proveito do outro e mais algumas aberrações... O grande problema é que esse tipo de relacionamento está muito longe do que Deus pensa sobre o namoro e é definitivamente incapaz de satisfazer a alma humana. Para começar, tenhamos em mente que, se quisermos usufruir as bênçãos e colher bons frutos de um relacionamento, não podemos queimar etapas. A amizade é necessariamente o primeiro passo. Estreitar os laços, conhecer os pensamentos, os valores, as virtudes e também as fraquezas um do outro. Nunca se contentar com as aparências, mas mergulhar na simples verdade do outro. Essa é uma fase muito gratificante, porque temos a oportunidade de descobrir as grandes riquezas do outro e de lhe revelar as nossas. Vale lembrar que é também um tempo propício ao autoconhecimento, imprescindível a qualquer tipo de relacionamento. É a partir daí que o sentimento começa a tomar forma, a amadurecer. Só então a nossa razão, agora livre de paixões enganadoras, poderá ser capaz de enxergar o que realmente sentimos um pelo outro e de fazer uma opção sensata. O namoro deve estar sempre embasado no Senhor, caso contrário, será algo desordenado, uma busca de ambas as partes de se satisfazerem da maneira mais egoísta: de serem amados e não de amarem (a ordem dos fatores, neste caso, altera o produto); não existirá lugar para a gratuidade, para as delicadezas e para a feliz renúncia em favor do outro. Sendo assim, podemos concluir sem medo: todo namoro deve ser um relacionamento a três. De um lado, o rapaz, com seu jeito próprio de ser se derrama em amor para com a moça. Por sua vez, a moça, com a delicadeza que lhe é peculiar, busca amar o rapaz como ele é. No centro, Aquele que é a fonte de todo amor: Deus! (Arquivo Shalom)

Testemunho de um relacionamento franciscano

Temos muitos relatos de namoros que iniciaram na JUFRA, alguns estão se solidificando, alcançando o sacramento do matrimônio e fortalecendo ainda mais o Carisma Francisclariano, pois nada melhor que falar a mesma linguagem dentro de um relacionamento. Que tal compartilhar algumas experiências de namoros franciscanos? Podemos convidar irmãos para Testemunhar essa experiência.
Os nossos irmãos Raniéliton e Gabriela da Fraternidade Espírito Santo da cidade de Mossoró/RN construíram seu relacionamento em Deus dentro da JUFRA. O casal franciscano vivencia um namoro sólido, alegre e dinâmico com planos matrimoniais e o desejo de manter viva a chama do Carisma Franciscano, o que se pode perceber em seu relato que segue abaixo:

Nosso mundo se fazNo sim a Deus, No sim ao outro, Em crer no que acredita, e no não aos desejos somente humanos.
No sim a Deus
Foi quando demos oportunidade a vida em fraternidade, foi quando ouvimos o chamado dos amigos a conhecer a alegria de ser franciscano e nesse pobre lugar rico em sabedoria descobrimos um ao outro.
No sim ao outro
Foi o momento em que um deu oportunidade ao outro, de ouvir o que nos sentíamos, seja nas mensagens engraçadas e depois românticas ou nas conversas de 3 segundinhos para não gastar (rsrs), mas ai nem percebíamos que gastávamos um grande tempo um com o outro, e ai íamos nos descobrindo, nos apaixonando e enfim demos o 1º beijo.
Crer no que acredita
Ficamos pela primeira num sábado de manhã em 22 de abril de 2006 no Enconjufra em Mossoró, 4 anos depois noivamos num sábado a noite no dia 18 de dezembro de 2010 na confraternização da fraternidade Irmão Sol, irmã Lua, acreditamos que seja uma benção esses momentos especiais de nossa vida em momentos divinos de encontro com á fé que acreditamos e cremos, e por isso se tornam mais que abençoados!
No não aos desejos somente humanos
Somos pequeninos em reconhecer que erramos, pecamos e pedimos perdão, e pecamos de novo e decidimos que não íamos mais errar, mas pecamos outra vez não somente nos mesmos erros, que pena somos humanos! Mas que graça somos humanos também! E rezamos ao senhor que possamos acertar mais e mais, e vamos sendo perfeitos um pro outro mesmo com vários defeitos.
Por fim, somos felizes e realizados, pois, carregamos no nosso peito não somente nosso amor, temos em nosso peito nossa cruz, e também a cruz do outro, e a cruz de nossos amigos, mas tudo não por que somos super fortes – não –, mas, sim por que cremos que nossos irmãos também levam nossa cruz quando nos aceitam imperfeitos e pequeninos em Cristo e servos de nosso Senhor através do Espírito Santo. Amém...
(Raniéliton e Gabriela)


10 Regras para um bom relacionamento no namoro

1 – Fugir de todo mal humor e irritação; pois isto azeda o relacionamento. Como é triste e difícil conviver com uma pessoa que só sabe reclamar; que só sabe ser do contra; e que nunca está satisfeita! Se você é assim, saiba que precisa de uma psicoterapia e de uma cura interior que o ajude a enxergar-se e mudar de comportamento. Um casal irritado vive “explodindo!; e você sabe quais são as consequências de uma explosão.
2 – Corrigir o outro com carinho, se isto for inevitável. Mas faça-o sem que os outros percebam, e na hora certa, não quando a pessoa está magoada ou irritada. É difícil fazer um curativo numa ferida aberta. Só podemos tocar nela para curá-la, jamais para fazer a pessoa sofrer ainda mais.
3 – Nunca grite com o outro; pois gritar além de não resolver nada, ainda causa ressentimento e humilhação na pessoa. Se você grita numa discussão é porque os seus argumentos são fracos. Não apele para o direito da força, mas use a “força do direito!”.
4 – Não jogue no rosto do outro os erros que ele cometeu no passado. Isto acontece muitas vezes na hora de uma discussão acirrada. Ora, ninguém gosta de ser lembrado pelos erros que cometeu no passado, e nem gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Qualquer pessoa é sempre superior aos seus erros e defeitos.
Não desenterre o passado triste do seu namorado, o qual ele tanto se esforça para esquecer. Talvez fosse melhor até terminar o namoro do que partir para essa apelação dolorosa.
5 – Não seja displicente com o outro. Não o deixe, por exemplo, “ficar falando sozinho”, sem a sua devida atenção. Pare o que você estiver fazendo para dar atenção ao outro quando ele falar com você.
Talvez você possa ser displicente com as outras pessoas, mas jamais com aquela que você escolheu para começar a caminhar juntos. Não deixe passar um dia sequer sem lhe dirigir uma palavra de carinho, de atenção, de elogio, etc.
 6 – Saiba reconhecer o seu erro quando errar. Saiba pedir perdão ao outro, e de imediato, faça o que for possível para reparar o seu erro. Não fique se desculpando, disfarçando, não querendo dar o braço a torcer. Saiba de uma coisa: quando se erra, só existe uma atitude honesta e madura a ser tomada; pedir perdão à pessoa ofendida e reparar o dano causado. Fora disso, é orgulho e arrogância. Quanto bem faz a um casal esta palavra: “Meu bem, me perdoe!”
7 – Nunca se separem brigados um com o outro. Cheguem antes num acordo. Não se pode juntar problema sobre problema no relacionamento dos dois; é preciso aprender a resolvê-los. Até certo ponto eles são normais em nossa vida, mas precisam ser resolvidos sem adiá-los. Não deixe para amanhã aquilo que vocês precisam resolver hoje.
8 – Aprendam a combinar as coisas. Muitos desentendimentos surgem entre os casais porque não aprenderam a combinar as coisas a fazer. O povo diz que “aquilo que é combinado não é caro”. Então, quando um se exaltava com o outro por qualquer motivo, logo o mais calmo já ia dizendo: “não é agora a hora da briga”. Quando esta chegava, os nervos já tinham se acalmado, e nada de briga, acabava tudo numa boa conversa. Que tal?
9 – Não envolva os familiares nos problemas do namoro. A menos que, de comum acordo, vocês queiram consultá-los. O sangue grita muito alto em nossas veias; e não são todos que têm maturidade suficiente para discernir as coisas quando se trata de parentes envolvidos na questão. Não se intrometa nos problemas da família dela, a menos que você seja consultado; assim mesmo evite tomar partidos para que não se divida a família.
Se de um lado é preciso amar a família do outro, e recebê-la na sua vida como se fosse a sua segunda família, no entanto, será preciso cuidado para não a ficar criticando para o outro; isto o deixaria dividido entre o amor que tem a você e o amor que tem aos seus.
10 – Quando necessário esteja pronto a sofrer pelo outro. Mesmo já no namoro pode haver momentos de sofrimento. Às vezes pode ser a perda de um ente querido do outro; uma doença triste; um acidente; uma notícia desagradável, etc. Nesta hora saiba estar ao lado do outro e fortalecê-lo com a fé em Deus, que “supera todo o entendimento humano”.
(Prof. Felipe Aquino)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Regional NEA3PB/RN: Libiane Marinho Bernardino – Formadora Regional e Raniéliton Rocha – Secretário da Fraternidade Espiríto Santo (Mossoró/RN) – fotos de casais franciscanos deste regional.

Namoro Cristão (Notas) – Prof. Felipe Aquino

Fonte: http://formacao-jufrabrasil.blogspot.com.br/2013/06/ambiente-proporcionar-um-ambiente_7.html

quarta-feira, maio 28, 2014

Perfeita Alegria


Cultivar os valores evangélicos da justiça, da misericórdia, da compaixão e da caridade.

Cultivar os valores típicos franciscanos: fraternidade, qualidade das relações, integração entre o feminino e masculino, cuidado, alteridade, cortesia, paciência, cordialidade, criatividade, simplicidade, minoridade, beleza e bondade, sabedoria, ternura, alegria, serviço, atenção aos sinais dos tempos, utopia e acolhimento.


  • O entendimento do Humano como um ser sagrado;
  • Promoção de uma cultura de paz;
  • Pluralidade cultural: abertura e acolhida ao diferente;
  • Postura ecumênica e diálogo inter-religioso;
  • Superação da discriminação e do preconceito de qualquer natureza;
  • Postura ética, exercício do bem comum;
  • A política como exercício do bem comum;
  • Respeito à dignidade da pessoa, à sua autonomia e ao seu direito a serviços de qualidade.


Reflexão a partir do texto sobre a Perfeita Alegria, I Fioretti – Do ensinamento de Fr. Francisco a Fr. Leão que a Alegria Perfeita se encontra na Cruz.

1. 0 texto nos fala de uma experiência, que surgiu na paixão de uma procura na qual Francisco foi afeiçoado. Podemos dividi-lo em três partes:

a) A primeira parte diz que a Perfeita Alegria não consiste no fazer do homem.
b) A segunda parte nos apresenta a Perfeita Alegria, como o caminhar que se manifesta em cada passo da caminhada como concreção de si mesmo.
c) A Terceira parte nos mostra a conclusão do texto: a Perfeita Alegria é a Cruz que se manifesta no vencer-se a si mesmo.

2. Francisco, na primeira parte do texto, nomeia para Frei Leão uma série de obras extraordinárias e diz que mesmo que o frade menor consiga realizá-las em sua vida, nisto não está a Perfeita Alegria. Com isso, ele quer dizer que a Perfeita Alegria não vem do homem como tal, não consiste no seu fazer, por mais extraordinário que ele seja. Frei Leão não entende esse modo de falar e, admirado pergunta: “…onde está a Perfeita Alegria?” Aqui começa a segunda parte do texto.

3. Francisco aproveita a viagem de Perusa à Santa Maria dos Anjos, e aí, nesta realidade situacional bem concreta, exemplifica onde está a Perfeita Alegria: “… então se suportarmos tal injúria e tal crueldade, tantos maus tratos, prazenteiramente, sem nos perturbarmos e sem murmurarmos (…) escreve que nisto está a Perfeita Alegria.” (I Fioretti, 23). Em seguida retoma por mais duas vezes o mesmo exemplo insistindo sempre na mesma tecla: A Perfeita Alegria consiste em suportar o que está aí. No exemplo dado ele indica o que suportar e como suportar.

Confrontando as duas primeiras partes do texto, num primeiro relance parece que elas não são muito claras no que afirmam. Primeiro, diz que a Perfeita Alegria não consiste no fazer do homem, mas na relação das obras que ele nomeia, normalmente consideramos como obra de Deus e não do homem. É possível que Francisco nos queira dizer outra coisa; talvez que a Perfeita Alegria não consiste no fazer do homem, simplesmente por ele ter sido agraciado pelo fazer de Deus.

Não é o fazer milagres, o conhecer todas as ciências e o converter os homens à fé cristã o princípio da Perfeita Alegria, ela está numa outra dimensão. Mas acontece que ao afirmar na segunda parte onde ela se encontra, Francisco nos deixa na mesma dúvida, pois dizendo que é preciso suportar injúrias, crueldades, maus tratos sem se perturbar, sem murmurar etc, ele está indicando o que é preciso fazer para estar na Perfeita Alegria. Nesta compreensão do texto, podemos contestá-lo, porque pelo que aparentemente aparece, a Perfeita Alegria está na dependência desse modo de ser, que em última análise, requer o trabalho que o homem faz sobre si mesmo para chegar a este comportamento. Mas será que não é o outro o sentido do fazer neste modo de ser da Perfeita Alegria? Se é, então, a Perfeita Alegria não depende do modo de ser, mas ela é este modo de ser apontado no texto.Vamos tentar ver como se dá o modo de ser da Perfeita Alegria.

4. O texto nos diz que ela consiste em suportarmos toda a realidade da vida que nos surpreende, prazenteiramente, sem nos perturbarmos e sem murmurarmos, etc. Portanto, a porta pela qual Francisco nos introduz à compreensão do que ele expõe está na palavra suportar repetida em cada uma das situações do exemplo dado.

O que significa suportar? – Suportar é o modo de ser que assume toda a realidade situacional que se nos apresenta. Esta realidade é o que somos. Não existe fora de nós. Está inserida no acontecer de cada indivíduo. Suportar o que nas advém é assumir o que somos. A Perfeita Alegria está na positividade deste assumir. A positividade consiste em sermos todo a situação, em penetrarmos e movimentar-nos nela, num envolvimento total em que situados nos tornemos o interior da realidade situacional.

Tornar-se o interior da realidade é ir ao âmago da mesma, é ser todo naquilo que a institui. Francisco diz que, quem está nesta interioridade, suporta a vida com paciência, com alegria, prazenteiramente, sem se perturbar. Neste modo de ser, não existe abertura de possibilidades, mas somos a própria possibilidade que caminha em busca de si mesmo. Isto significa que interioridade deste modo de ser é a própria possibilidade daquilo que se é. Interioridade é o que leva o indivíduo a assumir a sua realidade na tentativa de se descobrir nela. É o que torna possível este processo de caminhada. Parece ser esta a estrutura da realidade situacional, indicada por Francisco no diálogo com Frei Leão.

5. Ambos voltam à Santa Maria dos Anjos. Santa Maria não é um simples lugar, mas o ponto de partida de um encontro onde surgiu o processo da caminhada e, caminhando, explica ao Frei Leão em que consiste o caminho que ele chama de Perfeita Alegria. Ela consiste em assumir toda e qualquer realidade, com todo o peso que a mesma suporta (comporta), insistindo e persistindo nela a fim de penetrá-la para descobrir o sentido que nos constitui nesta realidade que somos nós mesmos.

‘‘Se suportarmos todas estas coisas pacientemente e com alegria, pensando nos sofrimentos de Cristo os quais devemos suportar por seu amor (…) aí e nisto está a Perfeita Alegria” (24).

Já vimos que suportar significa assumir o que somos, aguentar o próprio peso de nós mesmos. Mas não basta isto, é necessário assumirmos pacientemente, com alegria, pensando nos sofrimentos de Cristo.
Assumir pacientemente é ser assumido pelo que nós fazemos, deixando-nos fazer por aquilo que está aí resguardado no acontecer do dia-a-dia.

Assumir na paciência é caminhar vigorosamente para o coração daquilo que nos faz ser o que somos, na realidade em que nos situamos.

Caminhar para o coração é assumir tudo na cordialidade, é se entranhar no que se apresenta na tentativa de ir sempre à sua raiz.

No rigor desta tentativa somos tomados por um vigor que nos lança ao interior de nós mesmos, de modo que, em tudo haja esta penetração envolvente que não se fixa nas aparências da realidade, mas nos completa nela, levando-nos a unicidade de todas as coisas, a partir da cordialidade da vida que aflora em todo o nosso existir.

A Perfeita Alegria é a caminhada que se dá na cordialidade. É o modo de ser daquele que coloca todo seu existir na busca desta interioridade.

A interioridade desta busca é Cruz. Cruz é estar tão dentro de si mesmo que nada mais nos importuna, mas tudo se suporta na solidão da paciência. Nisto está a Paixão de Cristo que devemos pensar, a Cruz na qual podemos nos gloriar.

Frei Vitório Mazzuco, OFM

Fonte do texto: http://www.pvf.com.br/alegriadeviver.html
Fonte da imagem: http://www.vitrinedacosta.com/2013/10/oracao-de-sao-francisco-de-assis.html

segunda-feira, maio 19, 2014

REFLEXÃO: O menino e o cachorro


Um menino entra na lojinha de animais e pergunta o preço dos filhotes à venda.
- Entre 30 e 50 dólares, respondeu o dono.
O menino puxou uns trocados do bolso e disse:
- Mas, eu só tenho 3 dólares… Poderia ver os filhotes?
O dono da loja sorriu e chamou Lady, a mãe dos cachorrinhos, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, com dificuldade, mancando de forma visível.
O menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:
- O que é que há com ele? 
O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril (mancaria e andaria devagar para sempre).
O menino se animou e disse com enorme alegria no olhar… 
- Esse é o cachorrinho que eu quero comprar! 
O dono da loja respondeu: 
- Não, você não vai querer comprar esse. Se quiser realmente ficar com ele, eu lhe dou de presente!
O menino emudeceu e, com os olhos marejados de lágrimas, olhou firme para o dono da loja e falou:
- Eu não quero que você o dê para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo.
Na verdade, eu lhe dou 3 dólares agora e 50 centavos por mês, até completar o preço total.
Surpreso, o dono da loja contestou: 
- Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos. 
O menino ficou muito sério, acocorou-se e levantou lentamente a perna esquerda da calça, deixando à mostra a prótese que usava para andar…
Olhou bem para o dono da loja e respondeu: 
- Veja… Não tenho uma perna… Eu não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.

"Assim é na vida real, as vezes somos como o vendedor de cães. Ao ver alguém diferente achando que é imprestável sem ao menos analisar os valores da vida. No entanto, qualquer que seja o defeito de cada um, uma vez que saiba conviver com ele, adapta-se de forma a poder seguir seu caminho. Jamais coloque seu ponto de vista sobre qualquer diferença que alguém possa apresentar, cada um pode ter uma razão completamente diferente da sua. Aprenda a ver as situações de todos os ângulos possíveis antes de colocar seu próprio julgamento. Compreenda então as razões que motivam as pessoas a agirem de outra forma.
Busque a fraternidade de criar laços… Essa é a qualidade das nossas relações. A pessoa se define pelas relações qualificadas. A fraternidade ajuda a abrir mão de interesses puramente egoístas.
Com humildade que vem de ”Húmus”. A fecundidade que está no subsolo da vitalidade. A força escondida que faz tudo desabrochar. A capacidade de assumir o próprio tamanho sem aparentar ser maior e nem menor do que se é: é a arte de ser o que se é! É a consistência interna que dá tempo para que tudo fecunde, floresça, desabroche. O humilde se submete a qualquer condição. Tem coragem. A humildade está muito ligada ao mistério de cada um.
A justiça é a virtude que induz a cumprir o que é devido como exigência de ordem e harmonia. É fazer conscientemente o dever, o cumprimento, é retidão. É a disposição permanente e dinâmica ao bem-valor. É uma retidão em consonância com a verdade.
Leal é aquele que não se afasta do que realmente vale a pena. É a virtude que traz o companheirismo, dos que caminham juntos na mesma causa.
Respeito e Sensibilidade para perceber a verdade do outro(a), sua qualidade, sua tradição, sua bagagem, sua capacidade. Valorizar tudo e a todos. A beleza que você encontra no diferente de você mesmo é sua. É dizer: “A minha alma agradece por ter encontrado você!”
A Sabedoria vem de sabor. O sábio é aquele que sente o gosto de todas as experiências. Vai com sede e fome na busca intensa do que quer. É a arte de saborear a experiência da Vida. Oferece um conhecimento mais saboroso da verdade. É uma afinidade. A via é o paladar (no plano sutil). É ver com os olhos do próximo. É o conhecimento saboroso da verdade.
E a Simplicidade é a transparência do Humilde. A simplicidade é a revelação visível do húmus; isto é a emergência do Simples. A simplicidade se apoia numa experiência profunda. O simples é natural.
Seja natural.. seja simples.. seja.. você em sua essência.. seja o melhor de você com você mesmo e com o próximo com uma vida… Seja, humano.

Paz e bem a todos! 


Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=896210897070966&set=a.354789821213079.104427.352978081394253&type=1&theater.