segunda-feira, maio 11, 2015

Mãe, a alegria de dar tudo sem receber nada

A maternidade tem o poder de impulsionar a mãe a se doar completamente sem receber nada em troca
Independente de ser capaz ou não de gerar um filho em seu ventre, toda mulher é chamada a ser mãe, nisso constitui a essência de seu ser feminino.
Mãe, alegria em dar tudo sem receber nada Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
“A maternidade é a ternura de Deus na vida e na alma de toda mulher”, é o grande carisma feminino, seja ele realizado na maternidade biológica, na adoção ou na maternidade espiritual.
Ser mãe é ser capaz de gerar vida, nutrir, proteger e guardar! Amor de mãe pode ser traduzido em uma palavra: doação. A mãe doa sua vida, doa seu tempo, sua força, energia e juventude para cuidar, amparar, proteger e formar seu filho em todos os sentidos.
Falar desse sentimento é entender que é a mais completa forma de amor. O amor de uma mãe é tão sincero e tão profundo, que o próprio Deus usa deste sentimento para compará-lo ao seu amor por nós. A mãe é a guerreira incansável, é a rainha do lar, aquela que passa dia e noite pacientemente amamentando, consolando e cuidando do seu filho. A mãe “vive em seu filho”, e os sofrimentos deste se acham contidos em sua vida.
Ela é a prova viva do amor incondicional de Deus por nós, pois assim como Ele, ela é capaz de amar com todo o seu coração sem esperar nada em troca, pois quando se é mãe, mais do que nunca se é capaz de entender a sabedoria máxima de que “há mais alegria em dar do que em receber”. A mãe sabe o que é viver isso desde o mais profundo de suas entranhas, desde o mais profundo de sua alma, a cada minuto de seu dia, em cada hora de suas noites em claro. Um amor sincero, sem limites, que sabe sacrificar a própria vida para gerar mais vida; um amor que sabe renunciar, mas que também sabe sonhar; um amor que sabe morrer para si mesma, mas, ao mesmo tempo, deseja viver mais – não apenas para realizar seus sonhos, mas também para ver realizados os sonhos de seus filhos.
A mãe vive no filho, mas o filho não vive na mãe; pelo contrário, todo destino materno não faz senão repetir até ao infinito as dores do parto. Dar a vida a um filho quer dizer vê-lo se separar de sua vida dia após dia, e as dores do parto não passam apenas de um começo.
Nenhuma solidão é comparável à solidão materna, pois não é um ser amado distinto dela que a deixa, senão aquele que é a própria extensão de seu ser.
Impossível falar de mãe sem falar da pureza de um amor que, diante de todo sofrimento, disse ‘sim': Maria. Uma mãe que, como tantas outras, olha com lágrimas nos olhos o presente e o futuro do seu filho. Talvez seja por isso que Maria se expressa em cada olhar de mãe, em cada gesto de doação da mulher. No rosto de uma mulher que assume a maternidade inteiramente, mesmo diante de tudo o que possa vir, está sua capacidade de, ainda assim, dizer ‘sim’, mesmo que um dia a espada possa vir a lhe traspassar o coração.
Ser mãe e ter o sentido maternal significa voltar-se especialmente para os mais necessitados, debruçar-se amável e caridosamente sobre cada coisa pequena e fraca sobre a face da terra. Acolher de braços estendidos os abandonados, estar aberta a todos aqueles que pedem socorro e proteção. Por isso, a alma de toda mulher foi feita para ser maternal, e esse é um chamado sublime. Ela é aquela que como Maria é capaz de morrer para si mesma e de deixar de existir para que o outro exista.
Ela tem a capacidade de ouvir o silêncio, adivinhar sentimentos, encontrar a palavra certa nos momentos incertos e fortalecer o filho quando tudo ao seu redor parece ruir. Toda mãe tem a sabedoria emprestada de Deus para proteger e amparar seu filho. Sua existência é em si um ato de amor.
Gerar, cuidar, nutrir. Amar, amar e amar… Amar com um amor incondicional que nada espera em troca. Afeto desmedido e incontido, mãe é um ser infinito. E a verdadeira essência da maternidade é vencer o tempo. A mulher que dá à luz um filho estende a vida até o infinito; a mulher que é mãe espiritual é também a guardiã e protetora dos valores espirituais e carrega consigo no tempo uma parte do eterno. Em ambas as formas, é ser o próprio amor manifestado em forma de mulher.
Bem-aventuradas são todas as mães! Se nesta vida são capazes de suportar grandes dores sem, muitas vezes, serem reconhecidas, no íntimo de sua alma sabem que já receberam a maior das recompensas d’Aquele que tudo vê, tudo sabe e tudo conhece! 

Formada em Psicologia, Judith foi cofundadora da Comunidade de Aliança Mãe da Ternura e voluntária num Centro de Atendimento e Aconselhamento para Mulheres ( Montgomery County Counselling and Carreer Center), em Washington, nos Estados Unidos.
Atualmente, é psicóloga da Escola Internacional Everest, do Lar Antônia e da Congregação dos Seminaristas Redentoristas, todos com sede em Curitiba (PR), cidade onde reside.
Disponível em:   http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/mae-a-alegria-de-dar-tudo-sem-receber-nada/  acesso em 10/05/2015.